terça-feira, 4 de novembro de 2008

uma grande dúvida que nos assola

 Nos últimos anos uma forma de trabalho vem ganhando espaço no mercado, o trabalho imaterial. Com isso, o trabalho material vem sendo cada vem mais desvalorizado, abrindo espaço para novas identidades, que têm como referencial elementos baseados na comunicação e na imagem.

 A religião, a mídia e os esportes surgem como as fontes de trabalho mais frutíferas e como principais pontes pra ascensão social. A identidade individual é o novo elemento de mudança e os profissionais vinculados a essas áreas são considerados os vencedores do mundo atual, pois se sobressaíram e estabeleceram seu lugar de importância no mercado.

 Se temos as identidades consideradas vencedoras, temos as consideradas perdedoras também. Os profissionais ligados ao trabalho material estão sendo cada vez mais desvalorizados e sua utilidade já vêm sendo contestada e descartada à medida que os anos passam e a tecnologia avança. Temos ainda os renovadores, que são os profissionais que tentam se adaptar às novas condições do mercado e conseguir seu espaço.

 Fica então a dúvida: será que todo esse crescente avanço pelo qual estamos passando, tanto tecnológico quanto sociológico, é realmente benéfico? E mais, é realmente humano? Será que o cruel mercado de trabalho que, sustentado pelo capitalismo selvagem, descarta os trabalhadores considerados perdedores substituíveis será capaz de se sustentar no cenário individualista que construiu?

Bom, a resposta pra essas perguntas certamente só teremos no futuro, mas fica aí pra reflexão.